A prática da leitura compartilhada passa pelas diferentes fases do desenvolvimento infantil, desempenhando um importante papel que inicia nos primeiros meses de vida da criança. Aqui em casa, iniciamos a leitura quando nosso filho ainda estava na barriga. A mamãe ama poesias e, todas as tardes, separava algum tempo para ler um poema para nosso bebê.

Nos primeiros anos da criança, a imersão em livros de cores vibrantes e texturas simples estabelece a base para uma jornada literária. Além de boas histórias, a experiência sensorial é muito importante para os pequenos.

A partir de três anos, a leitura de histórias interativas e a incorporação de temas cotidianos ampliam a compreensão da criança sobre o mundo ao seu redor. Na fase de pré-alfabetização, a introdução de livros que combinam palavras com imagens e atividades de pré-leitura promove uma transição suave para a alfabetização.

Quando a criança adquire a habilidade de leitura, a continuidade da leitura compartilhada oferece uma riqueza de benefícios. Ao explorar livros com vocabulário mais avançado e discutir temas complexos, a criança amplia seu repertório linguístico e aprofunda a compreensão textual.

Em todas as etapas da vida, a leitura compartilhada se torna um espaço para reflexão, estimulando o pensamento crítico e promovendo a formação de opiniões independentes. Esse diálogo contínuo entre pais e filhos não apenas fortalece os laços familiares, mas também contribui para o desenvolvimento integral da criança, apoiando no desenvolvimento de sua identidade, de seus valores e de suas perspectivas sobre o mundo.

Ao longo dessa jornada literária compartilhada, a diversificação de gêneros literários é essencial. A introdução de diferentes estilos de escrita e temas proporciona uma experiência literária enriquecedora, preparando a criança para uma apreciação mais profunda da literatura. Assim, a leitura compartilhada não é apenas uma prática educacional; é uma tradição que transcende as gerações, construindo pontes entre o conhecimento, a imaginação e os laços afetivos, contribuindo para a formação de mentes curiosas e corações resilientes.